segunda-feira, 7 de abril de 2014

Final de semana do protagonismo colorado

Dois dias para morrer de orgulho de ser colorado. Sábado e domingo para reviver um passado glorioso e vislumbrar um futuro de conquistas. Porque o Sport Club Internacional foi gigante nesse final de semana, em Porto Alegre, onde nasceu e de onde saiu para ganhar o Mundo. Não há torcedor que não tenha se sentido invencível diante da imponência de seu remodelado estádio. Invencível como aquele timaço campeão brasileiro em 1979, comandado por Paulo Roberto Falcão, dito Rei de Roma - mas filho do Gigante da Beira do Rio.

Ricardo Duarte / Agência RBS
Sob a regência e direção artística de Edson Herdman, a noite de 5 de abril de 2014 foi mágica na capital gaúcha. O Estádio Beira-Rio voltou, depois de dois anos de reformas. Não há argumento racional que explique o que o Inter fez para com seus ídolos. Colocar os protagonistas dos principais títulos da história do clube, no meio do campo, décadas depois, para serem ovacionados, aplaudidos de pé, homenageados como de fato merecem. Futebol é paixão, e a produção do show de reinauguração soube explorar toda emoção de uma torcida que estava longe de sua casa, palco de batalhas épicas e conquistas inesquecíveis.

Bruno Alencastro / Agência RBS
O Inter não esqueceu, nem de Gabiru, Damião, Pinga, Tinga, Fabiano, Rubem Paz e tantos outros, todos gigantes na história do clube. Colher depoimento dos ex-jogadores foi uma baita sacada. E aquele telão imenso, acima da nova cobertura? Ali Fernandão e D'Alessandro contemplaram a nação vermelha que os idolatra. No gramado, estes dois últimos, mais Figueroa e Falcão, sem dúvida nenhuma os mais festejados. Dispostos, felizes e emocionados.

Domingo foi de jogo. É de futebol que vive o Beira-Rio. O Peñarol escapou de uma goleada. Não fosse um Inter com 12 substituições na segunda etapa, tirando o pé em um jogo absolutamente tranquilo, seria goleada. O time uruguaio só não escapou do craque argentino. D'Alessandro, o ídolo do presente, autor dos dois gols da vitória.

Bruno Alencastro / Agência RBS
E pra fechar com chave de ouro os dois dias de comemorações, o choro emocionado de Índio, o zagueiro de tantos anos, tantos jogos, inúmeros gols - inclusive em Gre-Nais - e importantes títulos. Foi ele que ergueu a Taça após a vitória sobre o Peñarol, foi ele que deu a primeira volta olímpica do reformado Beira-Rio, aos prantos, saudando a torcida que terá saudade, em pouco tempo.

Teve coisa que não deu certo? Teve, evidente. O entorno do estádio ainda deve. E deve ficar pronto em algumas semanas. Para o Gre-Nal não. Embora haja grande chance que o clássico decisivo seja mesmo disputado no palco luxuoso da Av. Padre Cacique. Mas ficou provado que o Beira-Rio está pronto o suficiente para receber de forma razoável grandes eventos, mesmo faltando acertar e afinar alguns detalhes.

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