domingo, 29 de setembro de 2013

Inter e Grêmio em caminhos opostos

São Paulo 0 x 1 Grêmio
O time de Renato Portaluppi repetiu com 3 atacantes a mesma eficiência tática e entrega do esquema com 3 zagueiros. Se a disposição tática é diferente, a estratégia é a mesma: marcar o máximo e errar o mínimo no momento de finalizar. Contra o Corinthians, pela Copa do Brasil, eficiência zero e placar em branco. Neste domingo, diante do São Paulo, no Morumbi, o Grêmio aproveitou, com Vargas, umas das raríssimas situações de gol que criou. Estrategicamente, perfeito. Contudo, há ressalvas.

Marcelo Pereira / Terra
O bom time do São Paulo - apesar da posição na tabela - conseguiu envolver o Grêmio. Isso porque teve três meias ofensivos que exigiram a atenção dos três volantes gremistas e como homem surpresa a boa partida do volante Wellington, que sobrava quando invariavelmente não era marcado. Não à toa o time de Renato teve em Dida a grande figura da partida. O goleiro foi responsável por três defesas decisivas, que brecaram o time do técnico Muricy Ramalho.

A filosofia de futebol adotada pelo Grêmio ainda carece de estágios de evolução. Se é quase impossível reclamar da análise fria dos números, afinal de contas o Tricolor é vice-líder do BR-13 e Renato pela primeira vez fala em disputar o título, trazendo a análise para o campo de jogo, é quase displicente a maneira como o Grêmio erra passe na transição de bola no meio de campo. Isso quando há uma transição, e não apenas chutões buscando o combate de Kléber e Barcos com os marcadores, e torcendo por uma segunda bola conquistada por Vargas.

Para um time que busca jogar no contra-ataque, é preciso contra-atacar muito melhor. Contudo, a convicção de Renato em uma maneira de jogar é um passo rumo a evolução e a consolidação de uma equipe.

Inter 1 x 2 Cruzeiro
Perder para o melhor time da competição não é motivo de desespero. Ainda mais para um Inter que não é essencialmente confiável em 2013. Foi quase um mais do mesmo. Só não foi porque há na cabeça do técnico Dunga um principio de mudança. Primeiro, a colocação de Forlán e Damião no banco de reservas. Segundo, a ideia de um time com mais vitalidade e velocidade.
Fernando Gomes / Agência RBS
Assim, como no segundo tempo de Inter 1 x 1 Atlético-PR, o Colorado entrou em campo contra o líder ostentando uma equipe mais leve, com uma maneira de jogar similar a do Cruzeiro: usando o 4-2-3-1. Dessa forma, Caio era o "um" do ataque. Atrás dele, Alan Patrick mais centralizado, Otávio pela direita e Jorge Henrique pela esquerda. Todos fazendo um bom primeiro tempo.

O problema é que o bom não tem sido suficiente para o Inter. De moral completamente esfacelada, o time de Dunga não se dá o direito de errar. Erros com facilidade colocam a torcida contra a equipe e tiram dos jogadores a tranquilidade de uma finalização decisiva ou de um passe comum no meio-campo. Do outro lado uma equipe na sua plena forma física e tática, que evidentemente soube aproveitar o momento negativo do Inter e jogar no erro do colorado.

O Inter sentiu muito o gol no início do segundo tempo, mais do que deveria. Não se achou mais no jogo. Mas se Dunga procurar, pode achar no primeiro tempo uma nova ideia de time, que dê mais vitalidade a uma equipe que precisa correr mais e se preocupar menos com a pressão que vem de fora. O BR-13 ainda apresenta situações que podem levar o Inter ao G-4.

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