segunda-feira, 22 de julho de 2013

Filme de Segunda 115

O Homem de Aço

Sempre que falo sobre mais uma adaptação de HQ para o cinema, faço questão de ressaltar que nunca tive o habito do quadrinho, de ser aficionado e acompanhar a história de um super-herói a cada edição lançada. Como toda criança, tive meus heróis, mas sempre pelo games, desenhos animados ou até já adaptados ao cinema. Com o Superman não é diferente. Aliás, o Homem de Aço é um personagem pouquíssimo presente na minha infância e acredito que isso aconteça de uma forma geral para o público consumidor desse tipo de produto nos últimos 20 anos.

Em 2006, o diretor Bryan Singer tentou essa retomada com Superman - Return, mas não foi bem sucedido, tanto é que sete anos depois um novo filme, recontando a origem do herói, surge como a salvação da marca. Contudo, O Homem de Aço não passa de um bom entretenimento, ficando na média dos trabalhos de mesmo gênero, com seus pontos negativos e positivos.


O produtor Christopher Nolan é refém de seu próprio monstro. Depois de ter filmado a espetacular trilogia sobre o Batman recentemente, o parâmetro para os filmes de super-heróis ficou muito alto - quase que inatingível. Aqui com a direção de Zack Snyder e roteiro de David Goyer e Kurt Johnstad, O Homem de Aço bate no teto como obra cinematográfica, mas funciona muito para o grande público.

O principal destaque negativo é o protagonista Henry Cavill. Um galã incontestável, com a fisionomia perfeita para dar vida a Clark Kent, porém de atuação fraca, pouco convincente quando o papel exigiu. E exigiu bastante, afinal o jovem Super-Homem está numa jornada de autoconhecimento, em busca de sua origem. Zack Snyder divide o filme em drama pessoal e cenas de ação espetaculares. Se nas lutas o ator vai bem, na hora do olho no olho, Cavill fica devendo.

Mesmo que soe estranho as muitas cenas de Krypton, e que muita coisa ali fique no campo da ficção científica, não deixa de ser interessante conhecer um planeta tão pouco explorado em outras versões da história. 

A opção de fazer um filme picotado não ajudou. A trama não anda de forma cronológica, longos flashbacks muitas vezes cortam de forma abrupta um desenvolvimento mais profundo do roteiro e dos personagens. Um exemplo são os pais adotivos de Klark, subaproveitados em O Homem de Aço.

Contudo, as cenas de lutas, como já são de praxe pelo lado de Snyder, são impecáveis. Efeitos especiais aliados  à competente coreografia, junto de mais uma trilha acertada de Hans Zimmer, garante o entretenimento e vale o filme, sem dúvida nenhuma. A partir daí fica clara a opção de toda a equipe que trabalhou em  O Homem de Aço, garantir uma trama razoável, com atuações regulares, e apostar tudo em efeitos visuais e boas brigas. 

Gênero: Ação
Duração: 143 min.
Origem: EUA, Canadá, Reino Unido
Direção: Zack Snyder
Roteiro: David Goyer, Kurt Johnstad
Distribuidora: Warner Bros.
Censura: 12 anos
Ano: 2013
Classificação PoA Geral 
- Obra
- Baita Filme
X Bom Filme
- Bem Bacana
- Meia-boca
- Ruim
- Péssimo 

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