domingo, 3 de fevereiro de 2013

Como o Inter conquistou a vitória que todos esperavam

A responsabilidade era colorada. Todos sabiam. O Internacional sabia, tinha consciência que neste Gre-Nal, o primeiro de 2013, levava vantagem sobre o Grêmio pelo fato de estar com seu time principal, pensando, nesse momento, apenas no Gauchão. Diferente do Tricolor, que ainda poupa seus titulares em detrimento à preparação da Copa Libertadores. Cada um com seus motivos e suas possibilidades.

Dentro das suas possibilidades, visando não ferir o planejamento prévio mesmo depois da derrota por 4 a 0 para o São Luiz, o Grêmio recheou seu time B com alguns jogadores do plantel de cima. São eles Bressan, Tony, Léo Gago, Misael, Deretti, Leandro e Willian José, jogadores reservas imediatos da equipe principal. Ainda teve Fernando, Werley e Alex Telles, considerados titulares do Grêmio. Portando, o time treinado por Roger pode ser considerado uma equipe mista. Desta forma, tecnicamente mais fraca que o Internacional.

Assim, o Grêmio se preparou para contra-atacar. No 4-3-1-2, o meia de ligação foi Jean Deretti. Jogador de velocidade e drible, que não tem a característica de um organizador que pensa e faz o time jogar. Com a bola no pé, o Tricolor não teve capacidade de agredir o Internacional, salvo em chutes de fora da área e em cobranças de faltas, como no gol de Fernando.

Fernando Gomes/ClicRBS
Diferente do Inter. Dunga repetiu o time que empatou com o Novo Hamburgo, um 4-4-2 que ataca em formato de quadrado e se defende com Dátolo e D'Alessandro fechando os lados do campo, formando uma linha de quatro, com Fred e Willians centralizados. Tendo a posse de bola, o Inter teve infiltração na área gremista.

Mesmo com a forte marcação de Fernando, Misael e Léo Gago, Dátolo conseguiu chegar à frente, se juntar a Damião e Forlán e aumentar o número de opções para D'Alessandro. O Inter ainda contava com a boa chegada de Gabriel e de Fabrício, como no segundo gol, que o lateral-esquerdo surgiu livre depois de passe de Forlán e chutou cruzado para que Damião ampliasse o placar.

Por característica, o Inter não tem uma equipe veloz, portanto precisa da posse da bola e de paciência para girar, virar o jogo, envolver a marcação e efetivar as jogadas ofensivas. O time do Dunga vais mostrando isso, deixando claro a mecânica de jogo que ditará o ano colorado.

Foi um Gre-Nal interessante, sem aquele desequilíbrio que era esperado, apesar do domínio evidente do Inter. O Grêmio sai do clássico com a terceira derrota no Gauchão, o que aparentemente não preocupa direção e comissão técnica - e não deve mesmo preocupar. Já o Colorado conquista uma vitória importante, e não em termos de tabela, mas no sentido de sustentação de ideia de futebol. É sempre bom inciar um trabalho com vitórias, ainda por cima sobre o maior rival, tendo ele a qualidade que tiver.

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