quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Em busca da mística

Começou o ano. Não só aqui no PoA Geral, mas também no Beira-Rio e no Olímpico. Ou quem sabe no Centenário e na Arena, que serão palcos das principais partidas de Internacional e Grêmio em 2013. Pelo lado colorado, casa emprestada, em Caxias do Sul, enquanto seu estádio segue em reforma. Já o tricolor não, este passa a jogar de forma definitiva em sua nova estadia.

Deixando um pouco de lado as questões técnicas, táticas, de preparação e contratações, quero me ater a outro fator comum aos dois clubes nessa temporada que se inicia. Ambos, a partir de agora, precisam reconquistar a mística de jogar em casa, precisam dar alma aos dois novos estádios.

A Arena é do Grêmio, mas ainda não é o Grêmio, assim como, por 58 anos, foi o Olímpico. Time, torcida e estádio, tudo uma coisa só. Coisa de identidade, associação direta, intimidação do adversário e inflamação anímica do atleta gremista, que sente que ali é o seu território, ali ele consegue correr e jogar duas vezes mais. É este tipo de identificação que o Grêmio busca selar com a sua Arena a partir de hoje. A nova casa precisa adquirir alma, e isso passa diretamente pelo comportamento da torcida.

No caso do Inter, é temporário, mas não menos importante. Até porque o colorado ainda fará alguns jogos em Canoas enquanto o Centenário, em Caxias, não estiver 100% para receber as partidas. A direção colorada anunciou algumas medidas que garantem ao sócio do clube as mesmas possibilidades do Beira-Rio. O Inter inclusive estuda parceria com empresas de ônibus para garantir transporte de ida e volta para os jogos com valores acessíveis, algo entre 15 e 30 reais.

Em 2012 os jogos no Beira-Rio em obras foram melancólicos. O clima em torno do estádio acabou sendo um dos fatores que entrou na conta que resultou na má temporada do Internacional. Desfalques, crise de vestiário, opções técnicas e táticas equivocadas e um estádio que não pulsou. O Beira-Rio passou longe de ser tudo o que representa para o futebol colorado. Compreensível, pois o momento é de reforma e não há como ser diferente.

Sem seus velhos casarões, uma das tantas missões de Grêmio e Inter em 2013 é buscar a mística de jogar em casa, agora em outros gramados.

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