quinta-feira, 13 de dezembro de 2012

Como deve jogar Internacional treinado por Dunga

Definitivamente começou o ano de 2013 para o Inter. Se essa temporada terminou mais cedo, a nova demorou a iniciar. Houve um significativo hiato entre a saída de Fernandão até o acerto com Dunga, uma negociação arrastada, cheia de nunces e desencontros. No final das contas, o colorado anunciou uma comissão de futebol competente, capaz de fazer com que 2013 seja melhor que um azedo 2012.

Para fazer aqui um exercício de projeção, só podemos utilizar o único trabalho de Dunga como técnico: os quatro anos à frente da Seleção Brasileira. Sem dúvida um trabalho competente, baseado na coerência, com bons resultados. Porém, um futebol pragmático, pouco plástico, o que criou certa antipatia com o torcedor brasileiro.

A base titular, que foi à Copa de 2010 jogava num 4-2-3-1. Tinha Júlio César no gol, Maicon na lateral-direita, Michel Bastos na esquerda, a dupla de zaga era Lúcio e Juan, protegidos pelos volantes Gilberto Silva e Felipe Mello. Na linha de três meias, Elano na direta, um pouco mais recuado, Kaká no centro e Robinho na esquerda, entrando na diagonal. Na frente, o atacante era Luis Fabiano. É um time experiente, com pouco espaço para novos valores.

Se Dunga seguir a mesma tendência, as mudanças no grupo de jogadores não serão tão drásticas, e as contratações seguirão o mesmo perfil, apostando em nomes rodados como Forlán, Dátolo, Dagoberto e Juan. O que deve mudar é a atitude de vestiário, a maneira de cobrar rendimento, o modo de gerir os atletas. Dunga é disciplinador, e gosta de ter aliados em campo. Na sua Seleção, a maioria era de sua confiança, bruxos.

Hoje, Dunga tem D'Alessandro. É no argentino que o novo técnico aposta como um aliado dentro de campo. Será o capitão. Num provável 4-2-3-1, o camisa 10 segue sendo o centro do time, centralizado na linha de três meias, uma concepção parecida com a de Kaká na Seleção, puxando contra-ataques e retendo a bola.

O homem da infiltração, que se desloca na diagonal, pode ser tanto Forlán quanto Dagoberto. Eles que se aproximariam mais de Damião no ataque. Dunga até pode utilizar os dois juntos, mas nenhum faria o papel que Elano exercia. Um meia mais recuado, aberto na direita, marcando o lateral adversário e combinando jogadas com seu próprio lateral. O Inter pode ir ao mercado buscar esse jogador.

Assim como um segundo volante. Guinãzu sai pro jogo, marca na frente, só que tem dificuldades no passe curto e na conclusão à gol. No seu time, Dunga tinha um Felipe Mello igualmente combativo, mas que entrava na área e gostava de arriscar chutes e conclusões. Esse jogador pode muito bem ser o Fred, fazendo dupla com Ygor ou com o próprio Guiñazu.

Nas laterais, o Inter precisa contratar, principalmente na direita. Kléber renovou, e já foi jogador de Dunga na Seleção. Talvez continue com a 6 colorada. Na zaga, a mesma coisa acontece com Juan, jogador já conhecido pelo técnico. Deve ganhar mais espaço em 2013.

Um provável time, no 4-2-3-1: Muriel, Contratação, Moledo (Contratação), Juan, Kléber; Ygor (Guiñazu), Fred; Forlán, D'Alessandro, Dagoberto; Leandro Damião.

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