domingo, 4 de novembro de 2012

Grêmio vence Ponte Preta sem criar nenhuma situação de gol

Foi uma das piores atuações do Grêmio em 2012, sobretudo ao comando de Vanderlei Luxemburgo. Tivesse a Ponte Preta um pouco mais de sorte ou qualidade técnica, teria vencido, sem dúvidas. Durante os 90 minutos, o mais próximo que o Tricolor chegou a uma oportunidade de marcar foi no início do jogo, duas vezes. As duas com Marcelo Moreno, mas finalizando mal, não obrigando o goleiro Roberto a sequer executar uma defesa. É muito pouco.

O Grêmio foi um time distante, com pouco sentido coletivo, pouca vitória pessoal, entregue à boa marcação do time de Guto Ferreira. Lá atrás, sofreu com os contra-ataques puxados por Nikão e Luan. Marcelo Grohe precisou trabalhar, e trabalhou bem. Teve boas intervenções e evitou que o resultado fosse trágico para um Olímpico com 40 mil torcedores.

Se por um lado o time está desgastado física e mentalmente, cansado com a maratona de jogos, o que prejudica na execução de tarefas básica dentro de uma partida de futebol - como preencher espaços, passar, inverter a bola, tomar decisões corretas -, por outro lado é uma equipe muito bem preparada fisicamente. O Grêmio pode até correr errado, errar em demasia, mas corre. Vai em busca do resultado nem que seja no abafa, sem organização e méritos táticos.

Lucas Uebel/Grêmio Divulgação
Foi o que aconteceu ontem, no Olímpico. Com um jogador a menos desde a metade do segundo tempo, o time de Luxa conseguiu empurrar a Ponte Preta para o seu campo. Continuou sem criar absolutamente nenhuma chance de gol, mas cavou escanteios e faltas na beira da área do adversário. Assim, num escanteio, aos 45 minutos da segunda etapa, foi que Zé Roberto achou André Lima, que trombou com zagueiro e goleiro para marcar o gol da vitória.

Faltando agora quatro rodadas para terminar o BR-12, tendo construído uma bela campanha e ainda com a possibilidade de subir uma colocação e ser vice-campeão, o Grêmio não precisa mais jogar bem. Precisa vencer, como fez ontem. Luxemburgo está administrando duas competições simultâneas, poupando um ou dois jogadores a cada partida, mas nunca descaracterizando a equipe. Esta reta final vai exigir muito dos atletas, e o melhor que podem esperar é que a torcida seja o centroavante do time, como foi e como muito bem observou Luxemburgo, após a vitória de sábado. Não é hora de pegar no pé.

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