Precisamos Falar sobre Kevin
Nem sempre conseguimos assistir a tudo que é lançado. Ou melhor, nunca conseguimos. Por isso, às vezes, temos que dar uma segurada nas novidades e partir para alguns lançamentos mais antigos. Como o filme de Lynne Ramsay, lançado em 2011, baseado no livro de mesmo nome: Precisamos falar sobre Kevin. Confesso que guardava grande expectativa, e acabei um pouco decepcionado.
Não que o filme seja ruim. Mas eu esperava outra coisa, esperava algo mais objetivo, menos rebuscado. No livro, Eva troca cartas com o ex-marido, e nelas examina o passado e busca entender os motivos para que seu filho, Kevin, tenha se tornado um assassino frio. Estamos falando daqueles casos típicos americanos, em que um jovem entra numa escola e mata quem aparecer pela frente.
No cinema, Eva é brilhantemente interpretada por Tilda Swinton. A atriz faz uma quarentona que vive entre o remorso e o esforço de ser uma mãe aparentemente feliz e dedicada, o que nem sempre é possível. A expressão de Swinton é sofrida, dá peso ao filme, e ajuda a arrastar a trama.
É justamente o trabalho dos atores que salva Precisamos falar sobre Kevin. Ezra Muller, que recentemente me encantou junto com todo elenco de As vantagens de se invisível, faz justamente o Kevin adolescente, um jovem aparentemente comum, porém transtornado, capaz de fazer o que fez sem motivo aparente.
A diretora Lynne Ramsay opta por construir a história através de recortes, aparentemente sob a perspectiva de Eva. Portanto, o filme não segue uma ordem cronológica, ele vai e vem na trama e revela tudo aos poucos, de forma lenta, muitas vezes arrastada. O peso do roteiro, a antipatia dos personagens e a forma como tudo é contado, praticamente sem nenhuma ação, contribui para que Precisamos falar sobre Kevin seja menos que que poderia ser.
Duração: 110 min.
Origem: EUA, Reino Unido
Direção: Lynne Ramsay
Roteiro: Lynne Ramsay e Rory Kinnear
Distribuidora: Paris Filmes
Censura: livre
Ano: 2011
Classificação PoA Geral
- Obra
- Baita Filme
X Bom Filme
- Bem Bacana
- Legal
- Meia-boca
- Ruim
- Péssimo
- Baita Filme
X Bom Filme
- Bem Bacana
- Legal
- Meia-boca
- Ruim
- Péssimo
É verdade, fui assistir esse filme com altas expectativas, e acabei meio frustrada. Exceto pela atuação do elenco. Assisti as vantagens de ser invisivel, mas nao havia me dado conta que o ator era o mesmo dete filme. Fiquei pensando "Da onde conheço esse guri?". Baita ator, ainda ouviremos falar mto dele. Abraço
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