sexta-feira, 23 de novembro de 2012

Cartolaço da CBF é um equívoco

A informação pegou too mundo de surpresa. Mano Menezes não é mais o técnico da Seleção Brasileira. O anuncio de sua demissão foi na tarde desta sexta-feira . Um verdadeiro cartolaço dos dirigentes José Maria Marin, Andrés Sanchez e Marco Polo Del Nero. Quinta-feia à noite, alguns dos jornalistas mais bem informados do Brasil receberam a informação, porém não conseguiram nenhuma confirmação. Até hoje de manhã, Mano não sabia. Os três cartolas da Confederação Brasileira de Futebol tomaram a decisão após reunião.

É um equívoco. Mano já viveu momentos em que cogitar uma demissão não era nenhum absurdo. Agora, é burrice. O trabalho do técnico não é incontestável, porém, está longe de ser tão ruim quanto as pessoas pintam por aí. Fundamentalmente a imprensa de Rio e São Paulo. Até então, o grande erro de Mano Menezes era a demora para definir um time base para trabalhar, coisa que se resolveu nos últimos seis meses. Os testes diminuíram, a filosofia de jogo estava clara e a equipe principal praticamente definida. O trabalho estava, finalmente, dando frutos, o Brasil estava encorpando. Não era o momento para mudanças.

O pior de tudo é que as mudanças podem ser profundas, quando cogita-se Felipão e Muricy. Nem tanto pelo nome ideal, que agora seria Tite. Os dois primeiros seguem uma linha mais agregadora, de montar equipes mais competitivas e menos tática, mais experiente e pesada, menos leve e jovial. Tudo que o Brasil não precisa.

Os convocáveis de hoje são, essencialmente, jovens. Que precisam de maturação tática, entrosamento e confiança. Não de uma mudança de rumo.

Não sabemos se Mano seria Campeão do Mundo - nem estou afirmando isso aqui. Mas realizava um perfil de trabalho que está alinhado com o futebol moderno, praticado nas grandes equipes do mundo. Quem mais, no Brasil, poderia fazer coisa parecida? Tite.

Posso errar tudo e daqui a um ano e meio a Seleção estar levantando a taça sob o comando de Felipão ou Muricy. E o ônus de dar opinião.

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