sábado, 13 de outubro de 2012

Alguns fatos do passado explicam o Inter de hoje

O problema do Inter não é treinador. Antes fosse. Aí seria fácil: manda um embora e contrata outro. Estaria resolvido. Não que Fernandão seja a oitava maravilha do mundo, não é. E tenho convicção que o Internacional se equivocou ao efetivá-lo como treinador. Analisando bem, até se entende, visto que o grupo colorado é de difícil manejo. A direção queria um amigo no comando. Não deu muito certo.

Se puxarmos fatos de alguns anos atrás, é possível compreender o atua momento do Inter. Em 2009, Tite foi demitido. Não fazia má companha, tinha conquistado a Sul Americana em 2008, o Gaucão-09 e passava por uma fase ruim naquele Brasileirão, sobretudo depois da venda de Nilmar. Dizem que teve problemas com alguns jogadores no vestiário.

Mário Sérgio assumiu naquele ano e acabou sendo vice-campeão. Mário diz que não escalou o time naquela reta final. A informação que se tem é que o treinador deixou na mão dos jogadores, fez uma espécie de acordo. Quase deu em título.

Mais recentemente, na saída de Paulo Roberto Falcão, o vestiário ficou exposto novamente. Os jogadores não gostavam dos métodos de Falcão. Ficou três meses. Na sua coletiva de despedida, falou mal da direção. Roberto Siegmann, diretor de futebol que deixou o cargo junto com o treinador, também não poupou críticas à gestão de Luigi.

Chegaram Dorival Junior para o cargo de treinador e Fernandão para cuidar do futebol. Um ano depois, Dorival é demitido e Fernandão, um cargo acima, assume como técnico. É uma situação, no mínimo, desconfortável. Sem contar os problemas que Dorival teve com alguns jogadores durante o ano de 2012.

Alexandre Lops/Divulgação Inter
Não é à toa que, com um plantel forte como este, ninguém consiga montar um time competitivo no Beira-Rio. A derrota de 3 a 1 para o lanterna do campeonato é um sinal mais que claro que, para 2013, o grupo precisa ser renovado. Coisa que já deveria ter sido feita no final do ano passado, mas a direção preferiu adiar por conta da Libertadores.

É improvável que justamente agora o Inter emplaque uma sequência de bons resultados. O panorama não vai mudar. O colorado vai vencer duas ou três, perder uma ou duas e empatar uma dúzia. Assim, não passa da sexta ou sétima posição. Tem jogado pra isso, embora tenha potencia para muito mais. Faltou pulso para lidar com alguns jogadores e remontar o grupo quando era preciso.


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