sexta-feira, 25 de maio de 2012

Grêmio passa pelo Bahia e está na semifinal da Copa do Brasil

O Luxemburgo chamou o torcedor no começo da semana para o confronto com o Bahia e o torcedor correspondeu. Cerca de 35 mil gremista foram ao Olímpico e assistiram um bom jogo de futebol, com um Grêmio bem postado e comprometido em vencer, mesmo sabendo da vantagem já conquistada no primeiro jogo. Desde o início o Tricolor jogou sério, marcou bem e buscou o gol, sem brilhantismo como já é de praxe, mas vencendo.

O Bahia não é nenhum bobo. Falcão é bom treinador, é ousado, e tem nas mãos uma equipe formada por um punhado de refugos conhecidos e alguns outros jogadores menos cotados tecnicamente. No início do jogo o Bahia tentou jogar de igual para igual. Falcão montou o esquema conhecido pelo apelido de árvore de natal, um 4-5-1 que, distribuído em campo, fica um 4-3-2-1. Típico para explorar contra-ataque, porque tinha Fahel na frente da zaga, o bom Gabriel mais à direita, o ex-gremista Helder na esquerda, numa linha mais avançada o Lulinha ao lado do Magno e, na frente, o centroavante Ciro. Todos jogadores de velocidade.   

O problema do Bahia é que na hora de trocar passes e fazer o bola girar, além de faltar qualidade de quem trazia a bola de trás, sentia demais a marcação do Grêmio, que era muito boa. Fernando e Léo Gago foram impecáveis. Souza mais uma vez ficou aquém e Marco Antônio, no 4-3-1-2 gremista, foi nada mais que regular. A dupla formada por Miralles e Moreno deu boa resposta. O argentino é melhor alternativa que André Lima, que torna o ataque mais pesado e menos dinâmico.

Os dois gols do Grêmio saíram de boas trocas de passe. Jogadas trabalhadas em treino pelo Luxemburgo, um reflexo positivo no trabalho do treinador, que já tem oito jogos e oito vitórias na Copa do Brasil. É a melhor campanha na competição, o que não serve para muita coisa, já que é no sorteio que se decide onde será a segunda partida da semifinal contra o Palmeiras e pelo regulamente, o Grêmio pode ser eliminado com dois empates, caindo fora da competição estando invicto. Ou seja, a melhor campanha não tem nenhum valor prático, apenas anímico. A ideia de time que funciona, o respaldo dos bons resultados no Olímpico e a segurança de uma zaga que parece estar ajeitada - mesmo com o desfalque de Werley - são os grandes méritos do Grêmio na Copa do Brasil.

*Foto Marco Vieira/ClicRBS 

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