Deu o lógica no Beira-Rio, o Internacional venceu por 3 a 0 o frágil Cerâmica e é semi-finalista do Taça Farroupilha, o segundo turno do Campeonato Gaúcho. Convenhamos, era quase impossível que não desse a lógica nesse caso. Mesmo ainda não podendo contar com Guiñazu e D'Alessandro desde o início (ficaram no banco) e mesmo com o desfalque de Dagoberto (que também não joga na quarta, pela Liberadores).
É bem verdade que o jogo foi chato. Quase nada aconteceu no primeiro tempo, de um Cerâmica muito bem fechado e um Inter sonolento. Fez bem ao Colorado, e aí uma boa notícia, o retorno de D'Alessandro, que azeitou o time e fez a coisa andar com mais facilidade. O volante Élton deixou o time, Tinga recuou e o argentino fez a uma das meias, ao lado de Dátolo. Um 3 a 0 sem brilho, mas um 3 a 0... E este deve ser o time que jogo no Peru, contra o Juan Aurich na quarta-feira. A unica dúvida é se Guiñazu retorna ao time no lugar do confiante Sandro Silva.
A nota triste do sábado foi o falecimento do jornalista da Band RS, Cláudio Cabral. O mestre, como geralmente era chamado por colegas e ouvintes. Filho de um dos percursores da crônica esportiva em Porto Alegre, Cid Pinheiro Cabral. Ex-conselheiro e dirigente colorado, fez parte da direção que levantou o Beira-Rio e modificou a cara do Inter no final dos anos de 1960. Um frasista ácido, dono de um sarcasmo único no comentário esportivo.
Desde 1985, até a última sexta-feira, quando terminou seu expediente na rádio Bandeirantes de Porto Alegre, se dedicou exclusivamente ao jornalismo. Dizia ser impossível exercer qualquer cargo no seu clube, o Inter, e continuar sendo um bom jornalista. Aos 71 anos vida, o coração de Cláudio Cabral resolve que é a hora do rádio gaúcho perder um pouco da graça. Uma perda notável e inesperada.
Falei, e assino embaixo.
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