quinta-feira, 26 de abril de 2012

Equilíbrio no primeiro jogo entre Inter e Fluminense

O Fluminense ter a primeira campanha da Libertadores é plausível, nada de surreal. O que fugiu do comum foi a 16° campanha do Colorado entre os classificados para as oitavas de final. No geral da competição, a verdade é que o Inter ficou em 17°, pois o Defensor, terceiro colocado em seu grupo, teve campanha melhor que o time gaúcho. Pelo peso das duas camisas e pelos elencos, é prematuro que Flu e Inter se matem logo agora, no início da fase eliminatória. Contudo, pelo futebol apresentado pelo Colorado até agora, a situação se justifica.

Mas o que se viu no primeiro confronto foi equilíbrio. E não poderia se esperar outra coisa. O placar zerado só faz injustiça quanto ao tamanho do jogo e ao empenho das equipes. Porém, na equiparação de forças, o zero a zero talvez tenha sido um resultado correto. Assim como também seria 1 a 1 ou 2 a 2.
Foram dois tempos distintos. A primeira etapa foi toda do Fluminense. No segundo tempo, praticamente só deu Inter. As duas equipes jogaram de formas parecidas, um 4-2-3-1 com um atacante vindo de trás e se desgarrando da linha de armadores. No time de Abel, esse cara foi Rafael Sobis, que fez bom jogo, apareceu pelos dois lados, marcou o Nei e finalizou algumas jogadas. Diferente de Dagoberto, que pelo Inter executou a mesma função, mas como menos sorte. Dagoberto não foi bem mais uma vez, foi substituído no intervalo devido à lesão. Jajá, que entrou em seu lugar, foi melhor e participou da melhora do Inter na segunda etapa.

Tanto ao time de Dorival quanto o time de Abel, faltou acionar os finalizadores. Damião e Fred não receberam nenhuma bola em condição de converter à gol. Contudo, o centroavante colorado atuação razoável, melhor que a do avante tricolor. Leandro Damião buscou mais o jogo e criou algum coisa na base da iniciativa pessoal. Não é à toa que os destaques da partida foram jogadores de aptidões defensivas: Sandro Silva, pelo Inter, e Gum, zagueiro do Fluminense.

Na comparação dos dois tempos, o Fluminense comandado por Deco e Sobis criou mais que o Inter do segundo tempo. Só que, por ironia do futebol, quem teve o jogo na mão foi o Inter de Dátolo e Jô. O argentino desperdiçou o pênalti que Edinho cometeu em Damião; Jô meteu uma bola na trave poucos minutos antes do apito final, quando um bola sobrou em meio à confusão na área carioca.

No jogo da volta, 10 de maio, no Rio de Janeiro, o panorama deve ser o mesmo. Mas o Flu tem a vantagem de contar com o retorno de Wellington Nem, atacante que faz boa temporada pelo time carioca. Já o Inter dificilmente vai contar com os retornos de D'Alessandro, Oscar e, até mesmo, Kléber e Dagoberto.

Impossível cravar quem passa de fase. Mas é difícil negar que o Fluminense vive melhor fase e, quando propôs o jogo, foi melhor que o Inter no Beira-Rio.

Foto Diego Vara/ClicRBS

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