domingo, 15 de maio de 2011

Internacional Campeão Gaúcho de 2011


Dois clássicos espetaculares decidiram o Campeonato Gaúcho. Grenais de cinco gols cada um, dez no total. Mais as cobranças de pênaltis da segunda partida, que resultou no título colorado. Depois da vantagem gremista, um 3 a 2 no Beira-Rio, resultado incomum em clássicos equilibrados, a principal dificuldade do Inter era desmanchar essa vantagem, sendo que qualquer resultado comum dava Grêmio (0x0, 1x1, 1x0, 2x1 e 2x2). O time de Falcão fugiu dos resultados pragmáticos, devolveu o 3 a 2 - em certo momento até vencia por 2 gols de diferença -, levou tudo para os pênatis e conquistou o título no duelo Victor x Renan. Duas defesas do goleiro gremista; três defesas e o caneco para o Inter de Renan.
Caso fosse outro o campeão, seria igualmente justo o título tricolor. Título decidido não apenas nos 180 minutos, que ficou tudo empatado, nem nas cinco cobranças de pênaltis, também empatadas. Foi nas cobranças alternadas, o último ato do espetáculo. Brilharam os patinhos feios do Beira-Rio: Renan atacou a cobrança do Adilson, na sequência o grande responsável em campo pela virada colorada, Zé Roberto, venceu Victor - que mais uma vez foi vencido em grenais.
Os 25 minutos iniciais do Grenal foram apavorantes para os colorados. O Grêmio amassou, fez um gol e poderia ter feito mais. O Inter mudado, escalado no 4-4-1-1, com a defesa formada por Bolivar e Índio, Juan jogando como lateral-esquerdo e vigiando Leandro, Kléber como um meia aberto na esquerda e Andrezinho e D'Alessandro se revezando entre a meia-direita e o enganche atrás de Damião. Falcão não foi feliz nas opções, o Inter não funcionou assim. Viu um Grêmio comandado por Douglas e Rochemback comandar o clássico e aumentar a vantagem gremista com o gol (legal, diga-se) de Lúcio.
Falcão mudou o Inter e a história do jogo ainda no primeiro tempo, quando retirou Juan, que já tinha cartão amarelo e estava dentro do rodízio de faltas que o Inter fazia no atacante Leandro, colocou o Zé Roberto, recuou Kléber para a lateral e montou um 4-2-2-2 para combater o até então eficiente 4-3-1-2 de Renato. O Colorado logo equilibrou o jogo, Zé Roberto entrou bem, fez a jogada do gol de empate do Damião. No final do primeiro tempo, a virada. Um golaço de Anderzinho, que não conseguiu jogar o segundo tempo devido a uma lesão e deu lugar a outro destaque do clássico, o garoto Oscar. Com esse time o Inter chegou ao 3 a 1 e jogou melhor futebol a grande parte do segundo tempo.
Precisando de um gol, rapidamente Renato fez suas três alterações. Não mudou o modo de jogar, mudou os dois atacantes e o lateral. Deu sangue novo, deu nova motivação ao Grêmio, que passou a correr como o algoz gremista das últimas decisões, Borges. O centroavante saiu do banco com fome de jogo, querendo refazer seu nome dentro do clube. Como fizera também o próprio Zé Roberto. Borges aproveitou da falha de Renan e fez o gol que levou a decisão para os pênaltis. Contudo, não conquistou a confiança necessária para ser escalado como um dos cobradores gremista nas penalidades.
É título sim. É o que restou para o Inter. Era o que restava para o Grêmio. Pior para quem perde, menos mal para quem conquista. É confiança para erguer a cabeça, acreditar numa ideia de time e, mesmo assim, não esquecer que o grupo precisa começar a ser reformulado, nem que seja gradativamente. Igualmente como tem de fazer o perdedor Grêmio: pensar em reforços para o BR-11, sem esquecer que o time que jogou os dois Grenais foi o que mais funcionou em 2011 e deve seguir jogando enquanto coisa melhor não chega.
  

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