No programa A Liga, que foi ao ar na Band, na última terça-feira, 29, o jornalístico abordou a relação dos jovens e a bebida alcoólica. Rafinha Bastos, Débora Villalba, Thaide e Sophia Reis levaram a reportagem à diversas situações em que esses dois focos específicos, jovem e álcool, sempre são os protagonistas, quais as causas e as consequências de atitudes muitas vezes impensadas.
A imensa maioria das pessoas, e aí não incluo só os jovens, bebem por inércia. Ou seja, simplismente ligam o piloto automático e bebem por beber. Não porque gostam do sabor ou porque querem matar a sede, mas porque encheram seu copo ou ofereceram. Nesse contexto volta a figura do jovem, que sai pra balada de turma e é aliciado a experimentar e usar os mais variados tipos de drogas, começando pelo álcool. A pressão para aceitar o que oferecem é grande. Sei como é isso, pois não bebo e, numa festa qualquer, dou incontáveis "nãos".
A Liga trás à tona números que refletem a intensidade com que a bebida álcoólica está presente em nossa sociedade. Segundo o Cratod (Centro de Referência em Álcool, Tabaco e outras Drogas), 80% dos alcoólatras deram o primeiro gole antes dos 18 anos. Mais: nos depoimentos recolhidos pela reportagem da Band, a maioria dos jovens diz ter bebido primeiramente com os pais. Nesse ponto A Liga toca na ferida mais aberta e exposta da sociedade, a educação e o exemplo dos mais velhos, que, não raro, reclamam como se a juventude fosse o grande problema do mundo - a juventude educada por eles.
Em dado momento, uma universitária é perguntada sobre a frequência com que consome bebida alcoólica. Sentada em meio a uma roda de bar, com a mesa repleta de garrafas de cerveja, ela responde "Ah, tem a faculdade, né... bebo todos os dias". Um dado da Secretaria Nacional Antidrogas diz que 22% dos universitários estão sob risco de desenvolver um quadro de alcoolismo. Estima-se que 15% dos brasileiros são alcoólatras.
Mesmo quando ainda não chegou-se ao extremo de ser um dependente, o fator de risco em beber é o exagero, a intensidade e a violência com que o jovem acha que as coisas tem de acontecer. Muitos não respeitam o limite que seu corpo aguenta, e esse é o grande problema. Afinal, beber para se divertir e socializar não é crime nenhum, tem como fazer sem submeter a riscos maiores ou a situações constrangedoras, como normalmente se vê em finais de festas, é só saber a hora de parar. E outra, não é lei que é preciso estar bêbado para se divertir, ora!
Mesmo quando ainda não chegou-se ao extremo de ser um dependente, o fator de risco em beber é o exagero, a intensidade e a violência com que o jovem acha que as coisas tem de acontecer. Muitos não respeitam o limite que seu corpo aguenta, e esse é o grande problema. Afinal, beber para se divertir e socializar não é crime nenhum, tem como fazer sem submeter a riscos maiores ou a situações constrangedoras, como normalmente se vê em finais de festas, é só saber a hora de parar. E outra, não é lei que é preciso estar bêbado para se divertir, ora!
Porém, o fator mais preocupante dessa relação com o álcool ainda é quando se mistura bebida x direção. Em acidentes de trânsito com vítimas fatais, o álcool está presente em 75% dos casos. Perceba que número absurdo.
Muitas vezes somos irresponsáveis de forma indireta, corremos o risco mas passamos a responsabilidade para o outro. Nunca dirigi alcoolizado, sempre evito (e evitarei) que isto aconteça. Porém, já peguei carona com motorista bêbado e, segundo o Denatran, isso é comum para 55% dos jovens. É dever nosso, como cidadão responsável, não embarcar numa dessas, saber dizer não e até constranger o motorista que irá guiar embriagado, se possível convence-lo de pegar um taxi. Já decidi que esse tipo de carona não pego mais.
A seguir, a primeira parte do programa. Na íntegra, dá para assistir no site do programa.
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