sexta-feira, 18 de março de 2011

León e Grêmio fazem jogo ruim e não passam do 1 a 1

Difícil saber se era mais ruim o jogo ou a geração de imagens da tevê peruana. Léon e Grêmio fizeram um primeiro tempo frio, que só teve o gol achado do Carlos Elias, aos 43min. No segundo tempo, um jogo mais morno, que teve mais faltas, confusões e o gol do Carlos Alberto, o primeiro com a camisa do Grêmio. A tevê peruana não filmou nenhuma alteração, errou replays e perdeu o foco do jogo umas três vezes, filmando apenas o meio campo enquanto a bola andava de lado a lado.
O curiosidade da tarde era saber onde jogaria Carlos Alberto, se seria meia ou atacante, 4-5-1 ou 4-4-2. Renato optou pelo esquema que mais deu certo no seu Grêmio, 4-4-2 com meio-campo em losango. Dessa vez com Lúcio e Fernando como volantes/apoiadores pelos lados e C.Alberto junto à Borges, mais à frente. Mas faltou bastante coisa ao futebol do Grêmio no primeiro tempo, não fluiu, foi lento, esteve mal posicionado defensivamente, não contou com a subida dos laterais. Ninguém correu como vinha correndo. Nem Rochemback se destacou.
Do outro lado, um León se defendendo bem, dentro daquilo que o Grêmio (pouco) exigiu. Jogando no mesmo 4-4-2 que jogou em Porto Alegre, com duas linhas bem ortodoxas, a prioridade foi atacar pela direita, com o bom Orejuela, que fez uma festa pra cima do Gilson.
Não sei se o fato de os jogadores correrem pouco no primeiro tempo, a ponto de levar puxão de orelha do presidente Odone, tem a ver com as declarações de Renato Portaluppi quanto suas possibilidades de trocar o Grêmio pelo Fluminense. Um recado, talvez? Só sei que o Grêmio voltou melhor para o segundo tempo, já perdendo de 1 a 0 e, mais uma vez, já mexido. Pois ainda na primeira etapa, Renato sacou o volante Fernando, bem na Seleção e nas categorias de base, mas pouco eficiente no profissional do Grêmio até agora, e pôs o atacante Viçosa. Tentou manter o losango, recuando Carlos Alberto, mas não deu certo.
Deu certo que no segundo tempo o Grêmio voltou do intervalo com Viçosa posicionado à direita do ataque, Borges centralizado, Carlos Alberto na meia-esquerda, Douglas puxando da direita para o centro e Lúcio recuando para jogar ao lado de Rochemback, configurando o desenho de um quadrado no meio-campo tricolor. Com todo mundo correndo um pouco mais, Douglas e Carlos Alberto mais ligados no jogo, o Grêmio tomou conta no início e logo chegou ao empate, na jogada dos dois meias. Dava pra ter virado, não fosse a tarde pouca inspirada de Borges, que perdeu dois gols na cara do goleiro.
O técnico do León a certa altura modificou seu time, jogou seu melhor homem lá para esquerda e equilibrou as ações. Renato mexeu também, mas surtiu pouco efeito. Pouco fizeram Bruno Collaço e Clementino. Como pouco fizeram, aliás, todos os outros jogadores. Talvez quem tenha feito mais tenha sido Carlos Alberto mesmo, que jogou pouco a primeira etapa mas esbravejou muito e reclamou demais, e na segunda etapa fez gol e comemoração de Kidiaba. Mais uma pimenta para o próximo Geranal que, sem dúvida, vai pegar fogo.
Renato parece estar com muitas dúvidas na cabeça quanto ao time titular do Grêmio. Time que não pode ter Gilson e precisa ter proteção mais eficiente à Rafa Marques e Rodolfo. Time que dificilmente se verá no domingo, quando o Grêmio entra em campo pelo Gauchão, enfrenta o Porto Alegre no estádio Passo d'Areia e deve ter como principla atração do time misto o meia argentino Escudero.
  

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