Bolatti não ia sair jogado, ao que tudo indica. Mas de última hora Celso Roth não pôde contar com Tinga, então promoveu a estreia do argentino. Foi também a estreia do Inter na Libertadores 2011, no Equador, cidade de Guaiaquil, contra o Emelec, no estádio George Capwell. E o Colorado não tomou conhecimento nem do campo adversário e ruim, nem a torcida, nem do próprio adversário. Embora o esquema tático do Inter tenha ficado um pouco estranho.
Celso Roth montou um 4-4-2, com Bolatti e Matias jogando no primeiro setor do meio campo, marcando e cobrindo os alas. O Guiñazu atuou em uma posição nova, jogou de "Guina", sem nenhum tipo de comprometimento tático, só preocupado em correr na faixa de campo que ficava entre os volantes e o D'Alessandro. Este último, jogou uma grande partida, centralizando e distribuindo todas as ações do Inter.
O debutante da noite, Bolatti, fez partida discreta, mas um indispensável gol - de cabeça, em jogada de escanteio. Tivesse Damião feito ao menos um dos gols (quatro ou cinco) que deixou de fazer, certamente as coisas acabariam bem melhor para um Inter que dominou o Emelec, mas pagou caro os últimos minutos de péssimo futebol.
O Zé Roberto era para ter sido o segundo atacante do time, pela partida horrível que fez, não foi. Mesmo com o camisa 10 e o camisa 9 jogando um bolão, o Inter sentiu a falta de um terceiro jogador para atacar. Roth demorou à mexer e colocar Cavenaghi. Se é que o mais lógico não seria já entrar com o centroavante argentino jogando desde o início.
O Emelec foi um time veloz, nada muito além disso. Com um 4-4-2 torto para a direita, foi por esse lado que o time equatoriano tentou algum coisa, pouco conseguiu. Não foi mal o sistema defensivo do Inter, aliás, a equipe colorada como um todo fez uma partida regular. Diferente da arbitragem, repleta de equívocos técnicos, como o pênalti em cima do Sorondo, quando o jogo ainda estava 0 a 0.
É um Internacional que ainda vai se ajustando, tem peças para isso, só não pode ter tanta teimosia de Roth. E dá para ter mais paciência com Lauro, porque nem todo gol que acontece no mundo da bola é culpa dele. Nem todo jogo (quase) ganho, que vira jogo empatado no finzinho, como esse contra o Emelec, com gol de bola parada depois de uma falta que um certo Guinazu fez próximo da área, igual faz em qualquer área do campo a qualquer minuto, pois nem todo jogo assim é tragédia. É fora de casa e início de competição, dá pra relevar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário