O jogo poderia ter sido muito mais difícil para o Grêmio. Contra um Guarani com a corda no pescoço, o time do técnico Renato Portaluppi demonstrou maturidade e não jogou com o nervosismo de quem também jogava uma final. Pois para o Tricolor, a vitória valia a garantia da quarta colocação até domingo que vem, quando enfrenta o Botafogo dentro do Olímpico, e a vantagem de jogar pelo empate para decidir quem fica no G4.
O Grêmio cozinhou o Guarani em banho-maria, marcou corretamente o agudo Mazola, primeiro com M.Fernandes (que saiu machucado aos 10min), depois com Ferdinando, que entrou improvisado na lateral-direita, já que tanto Gabriel quanto Edilson estão sem condições físicas de jogo, teve Adilson e Rochemback em grande jornada, marcando e armando e um lado esquerdo que teve campo para jogar, com Lúcio e F.Santos nas costas de Apodi e, muitas vezes, Apodi às costas dos gremistas.
Digo que o Grêmio cozinhou o Bugre porque em nenhum momento acelerou o jogo, valorizou a posse da bola, trocou passes com calma e autoridade e assim, principalmente no primeiro tempo, minou o psicológico dos adversários aos poucos. O gol de André Lima saiu de bola parada, e não poderia ter saído de outra forma, pois sem um Douglas tão inspirado, com a bola andando o Grêmio não criou tantas oportunidades de gol.
O Bugre tentou salvar seu ano através da boa bola parada de Baiano. O volante do Guarani deu trabalho ao goleiro Victor, travando um duelo particular e interessante com o goleiro da Seleção. Victor levou a melhor, praticando belas defesas.
O técnico Vagner Mancine mudou a equipe no segundo tempo, naturalmente encheu de jogadores ofensivos e colocou o Guarani no campo do Grêmio, fazendo uma espécie de 4-1-3-2. É aí que entra Diego Clementino, o talismã gremista, aos 20min do segundo tempo. Clementino teve muito campo para correr, e é só disso que ele precisa.
Primeiro, aos 33, o velocista tricolor avançou pela direita de ataque, entrou na área driblando e foi derrubado. O pênalti foi convertido pelo goleador Jonas, que chegou a 22 gols no BR-10. Minutos depois, o 7 gremista retribuiu a gentileza e a achou Diego entrado na área em alta velocidade, Jonas fez um lançamento precioso para Clementino bater com categoria e fechar o placar. E fechar o caixão, pois não deu pro Guarani. Mas de novo, deu pro Diego, deu pro André Lima e para Jonas. Os três atacantes que estiveram em campo pelo Grêmio fizeram os gols e fizeram do Grêmio o ataque mais positivo do BR-10.
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