Não foi a barbada que estava pintando. Mas, no fim, acabou o Inter pintando mais uma vez a América de vermelho. No embalo de um Beira-Rio lotado como é, e como pulsa, desde 2006 no primeiro título da Libertadores, ou desde 1969, ano da inauguração.
O Chivas veio para apagar a imagem ruim que deixou da primeira partida, e conseguiu. Serviu, no entando, só para mudar a imagem, não a história. O 3-4-3 mexicano funcionou no primeiro tempo, com os dois alas avançados e trancando a passagem do Inter pelos lados e um zagueiro/volante, o Araújo, marcando e batendo no D'Alessandro. O gol do Chivas, no final do primeiro tempo, assim como fora há uma semana, assustou, mas dessa vez os mexicanos jogavam a bola que não jogaram em Guadalajara.
No vestiário, a estrela e o trabalho de Celso Roth. O treinador inverteu de lado Taison e D'Alessandro e mandou o camisa 7, agora na direita, pegar a bola e partir pra cima. Tinga continuou jogando muito, Sandro melhorou e Kléber passou a jogar mais. E quando o lateral do Inter joga, faz o time jogar e, dessa vez, fez o cruzamento para Sobis marcar o gol e marcar história no Internacional.
Celso Roth no maior momento de sua carreira, depois de ver seu time empatar, viu sua estrela brilhar. Tirou Sobis do jogo e pôs Damião. Tirou Taison e pôs Giuliano. Os dois garotos que entraram fizeram dois golaços, duas cerejas para o bolo colorado. O gol de Giuliano é daqueles que vale pagar outro ingresso, no caso do torcedor colorado, outra mensalidade de sócio.
Inter duas vezes Libertador da América, com um sugestivo Bolivar de capitão! Ainda teve mais um gol mexicano antes do apito final e a confusão (papelão) depois dele. Questões secundárias diante de uma glória tão imensa que é conquistar tudo de novo e ver no horizonte a possibilidade de fazer ainda mais, no BR-10 e em Abu Dhabi.
O clube mais Internacional deste século na América Latina. Clube de uma gestão que fez do Inter mais do que fora em 97 anos de história e que desde 2006 faz muita história e joga muita bola. Inter que finalmente acabou com o tabu de brasileiros não vencerem estrangeiros nas finais de Libertadores. Inter do 5 a 3 no Chivas.
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