Noite infeliz

Ouviu-se justas vaias quando o árbitro de Grêmio e Porto Alegre apitou o final da partida, no Olímpico, no momento em que o cronômetro marcava 49 minutos do segundo tempo. O Grêmio venceu por 1 a 0, desfilando, além de seu novo uniforme, um futebol preocupante. O time que havia 46 partidas não era vencido em casa, agora 47, encontrou sérias dificuldades para fazer o placar mínimo no sofrível Porto Alegre.

Silas aproveitou o momento de tranquilidade dentro do campeonato para manter um time experimental e poupar jogadores que acusam fadiga. A equipe foi a mesma que venceu o Avenida no meio da semana, com a entrada de Ferdinando para o descanso de Rochemback, o que já representa uma queda de qualidade num setor importante e ainda desajustado no Grêmio.

Nos primeiros minutos o Grêmio passou a impressão de que ia golear, a tendência lógica do jogo. As jogadas surgiram em bom número pelo lado direito, com as investidas e combinações de Jonas, Maylson e Edilson. Por esse lado aconteceu a jogada do gol gremista, logo aos 9mim. Aos poucos o time do técnico Silas foi murchando, ficando refém da marcação do Porto Alegre. Os destaques positivos se apagaram, e os negativos ficaram em evidência no Olímpico.

Entendo o pensamento de Silas, o Grêmio não corre riscos a essa altura do campeonato. Essa é a hora de dar ritmo ao Willian Magrão, essa é a hora de entrosar Rodrigo e Mário e tirar conclusões se essa pode ser a dupla de zaga, é a hora de testar Edilson e avaliar se não é melhor para o time ter Mário na posição, é a hora de dar chance ao eterno descontente Hugo e evitar punir o grupo de jogadores com mais lesões.

Mas de quarta para sábado, o time parece que regrediu. E de um modo geral, quando se avalia o trabalho de Paulo Silas, não se percebe uma considerável evolução comparando aquele time que venceu de virada o Pelotas na primeira roda, para o que venceu o Novo Hamburgo no fechamento do primeiro turno, há uma semana atrás.