quinta-feira, 1 de abril de 2010

Fora urucubaca!

Eram seis jogos seguidos sem nenhuma vitória. O clima no Beira-Rio era tenso. O grito durante a semana que se passou era de "Fora Fossati". O Internacional precisava ganhar, o treinador precisava de um fôlego e os atacantes precisavam de gols. E tudo o que o Inter precisava veio com a vitória suada de 2 a 0 sobre o Cerro do Uruguai. Veio com ela, inclusive, a liderança do grupo 5 na Copa Libertdores.

O Colorado começou o jogo com pressa, e pressa nunca é bom no futebol. Os primeiros 15 minutos do Internacional foram de muito volume de jogo, de um tipo de correria que só faz o time que está com a corda no pescoço. Reflexo do clima tenso que afetou o grupo, apesar da experiência. Os poucos riscos que o Inter correu durante o jogo inteiro, ele próprio criou cometendo um número preocupante de faltas em torno de sua área.

Fossati não voltou a trás, persistiu no esquema 4-4-2. E inovou quando optou por Walter ao invés de Edu ou Taison. O garoto não foi brilhante, e mesmo não o sendo, contribuiu mais do que provavelmente contribuiriam seus concorrentes. Walter participou dos dois gols, está afim de jogo, quer essa titularidade. Se essa vitória é importante por marcar o primeiro triunfo do 4-4-2, também marca a entrada de um sangue novo no ataque colorado.

O Cerro montou um ferrolho quase intransponível, e só levou o primeiro gol por uma falha própria, por insistência e sorte de Walter. O gol que espantou a urucubaca de um time sem estrela, que até então não tinha sorte. A partir do primeiro gol, lá no segundo tempo, o Inter relaxou e passou a jogar com a naturalidade que não tinha há semanas. O segundo gol também tem sua dose de importância  por ser de Alecssandro, um jogador que paga o preço de ser o substituto de Nilmar.

Fossati agora respira aliviado. Fernando Carvalho também, a convicção no trabalho do treinador uruguaio agora pode ser mantida sem a pressão quase insuportável, ainda mais depois das derrotas para São José e Caxias. Aconteceu no Beira-Rio o tal do "fato novo", aquele que dá uma injeção de ânimo no grupo de jogadores. E o fato foi a vitória, com gol de atacante e sem gol do adversário.



Um comentário:

  1. Não teve espaço no texto, mas tanto Kléber quanto Nei fizeram grandes partidas pelas laterais.

    D'Ale e Giuliano tbm foram bem. Erram bastante até, mas não se esconderam, buscaram jogo a toda hora. Erraram tentando fazer o diferente. Tanto q no segundo gol o argentino conseguiu o drible e cruzou, e Giuliano complementou com um bonito voleio q resultou no gol do centroavente...

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