Ao vencer o Novo Hamburgo por a1 a 0, e conquistar a Taça Fernando Carvalho, equivalente ao primeiro turno do Campeonato Gaúcho, o Grêmio dá um passo importante, não definitivo, para se manter forte na disputa do título. Pois, metade do caminho já foi superado e o seu principal concorrente, o Internacional, divide atenções com a Copa Libertadores. O Grêmio tem a Copa do Brasil, é bem verdade, mas já tem vaga garantida na finalíssima caso não conquiste o segundo turno.
Mas a Taça Fernando Carvalho desce ardendo na garganta da torcida tricolor. Não pelo fato de Carvalho ser um dos maiores dirigentes da história do Rio Grande do Sul e do Internacional. Não. A Taça veio por causa de uma figura contestada no Olímpico, o Ferdinando. O camisa 5 do Tricolor marcou um golaço de falta, aos 20mim de jogo. Além do gol do volante, a vitória do Grêmio se confirmou apesar de uma atuação bisonha de Silas.
O 4-4-2 do Grêmio teve dois canhotos como articuladores, Douglas, deslocado para o lado esquerdo, e Hugo, na esquerda. Não funcionou. Douglas não rendeu jogando fora de posição, e Hugo foi pouco participativo, não contribuindo em nada. Já o Novo Hamburgo, escalado no 3-6-1, fez um primeiro tempo de igual para igual com o Grêmio, tendo como figuras de destaque o ala esquedo Paulinho e os dois articuladores, Preto e Edimar.
Se na primeira etapa o jogo foi equilibrado, no segundo tempo o Nóia jogou mais, mudou de esquema duas vezes e se manteve no controle da partida, teve mais volume e mais oportunidades, mas não conseguiu vencer Victor. Já o futebol do Grêmio foi preocupante, começando pelas mexidas do seu treinador, Silas.
O Grêmio que já tinha sua atuação ofensiva comprometida pela saída de Borges, por lesão, no começo da segunda etapa, quando Silas tirou Jonas para a entrada de Maylson. Assim o Grêmio passou a jogar num 4-5-1, quando poderia manter o esquema com dois atacantes com a saída de Hugo, trazendo Douglas para sua posição, colocando Maylson, que poderia ter saído jogando, na direita, e apostando em Jonas como companheiro do centroavante Willian, que não jogou nada e entrou no lugar de Borges. Mais tarde, o treinador tirou Douglas e colocou o volante Adilson. Aí sim, acabou o futebol do Grêmio.
O Novo Hamburgo de Gilmar Iser também mudou no segundo tempo, para melhor. Abdicou dos seis homens no meio campo e colocou Rodigo Mendes no ataque. Mais tarde, perdeu um zagueiro e colocou mais um homem de frente. O Nóia acabou o jogo com um 4-4-2 bem ofensivo, jogando mais que o Grêmio, mas a desvantagem de 1 a 0 persistiu até o apito final de carlos Simon.
O Nóia é um time valente, e bom técnicamente, pois não é por acaso que eliminou o Inter no Beira-Rio e deu um trabalho imenso pro Grêmio, dentro do Olímpico. O Novo Hamburgo, que se arrumou no final do primeiro turno, promete fazer um ótimo segundo turno.
Ao Grêmio só resta trabalhar, muito mais que comemorar, pois apesar das vitórias, e dessa conquista, tem muita coisa errada na escalação e na mecânica de jogo do time. Silas que abra o olho.
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