quarta-feira, 20 de maio de 2009

Que jogão de bola!


Nessa quinta-feira, pela manhã, depois de acordar, vou tomar meu café, passar uma água no rosto e escovar meus dentes. Como sempre faço. Porém, antes de ir trabalhar vou ao Beira-Rio. Vou lá, nas bilheterias do estádio pra pagar meu ingresso. Não fui ao estádio, mas o jogo que assisti no conforto do lar valerá cada centavo.

O Internacional passou, está nas semi-finais. Poderia ter sido o Flamengo, que foi uma equipe valente, muito bem armada por Kuka. Os dois times entraram em campo pra jogar futebol, e o fizeram como poucos no Brasil em 2009.

O jogo foi brigado, foram dois times aguerridos. A primeira etapa começou com o Flamengo surpreendendo, Kléberson surgiu livre na entrada da área, mas chutou pra fora. Logo o Internacional se acentou em campo, tornando o jogo igual. As ações se concentraram no meio do campo, os dois sistemas defensivos rebatiam quase todas as jogadas de ataque, quando a bola não parava tranquila nas mãos dos goleiros, ambos de atuações seguras, técnicamente impecáveis. Aliás, que momento vive o Lauro!

O 3-5-2 do Flamengo prendia o Internacional na sua intermediária. Segurava os laterais colorados, pois Léo Moura e Juan são mais que alas, são dois meias ofensivos abertos nos lados do campo que atacam em diagonal. Fator que prejudicou a articulação colorada, D'Alessandro ficava sem muitas alternativas, tinha Taison e Nilmar como opções, enquanto pelo menos cinco flamenguistas combatiam. A qualidade dos jogadores colorados é tanta que mesmo sem a passegem dos laterais, e a atuação apagada de Rosinei no primeiro tempo, o Inter fez com que Bruno trabalhasse tanto quanto Lauro.

O gol veio no final do primeiro tempo. A zaga do Flamengo deu sopa perto do Nilmar, aquele que corre pouco, sabe? O camisa 9 apareceu como um relâmpago, pegou a bola pra si e correu em direção a linha de fundo, de onde rolou pro Taison.

No segundo tempo quem estava tranquilo era o Inter, e o Flamengo afoito. O time da casa agora jogava com mais calma, Rosinei e Guinazu se aproximaram de D'Alessandro, o que deu consistência ao meio-campo colorado.

O Cuca mudou por volta dos 20 minutos. Aí começou o momento psicológico favorável ao Flamengo. Pois entrara um atacante, enquanto no Inter saia Rosinei, de mais mobilidade, e ia pro jogo o volante Glaydson. É natural que a equipe se porte de maneira mais defensiva, e o adversário, necessitando do resultado, cresca.

O Inter apostava então no contra-ataque. Não foi encaixou nenhum de maneira mais objetiva. Já no Flamengo, os laterais Juan e Léo Moura, apoiados por Kléberson e Ibson, faziam com que os defensores colorados trabalhassem. Em jogada trabalhada pela direita, o Flamengo chegou ao seu gol de empate, com o atacante que tinha entrado há pouco. Poderia ser o gol da classificação.

É aí que entra o momento psicológico do Inter, um time muito maduro, preparados para momentos como esse. O que acontecera antes, agora se invertera. Entra um atacante no Inter e um defensor no Flamengo.  

Aos 45 minutos do segundo tempo o volante que entrou antes do gol do Flamengo foi quem sofreu a falta na entrada da área. Quem bateu a falta e fez o gol foi o Andrezinho, que entrou depois do gol adversário. Quem comemorou alucinadamente foi a torcida, que fez festa antes do jogo, antes do gol, depois do gol e depois da classificação.

O Inter passa, pega o Coritiba. Assim como passou o Corinthians, que pegará o Vasco.

Intenacional e Corinthians é a final desenhada, e desejada por muitos, acredito. É aguardar pra ver, ou torcer, ou secar. 

Um comentário:

  1. Olha...deveria sim investir no jornalismo ! Tu escreve bem, guri !
    Abraço pra ti.

    ResponderExcluir