quinta-feira, 9 de outubro de 2008

O ímpeto da gurizada


Os jovens do Grêmio agora chamam a atenção de todo Brasil e deixam eufórica a torcida. São bons valores, jogadores com potenciais, isso é inegável. Inegável também o fato de que essa gurizada deu novo fôlego ao Grêmio. Depois do nocaute do Grenal, estes jovens jogadores entraram numa fogueira e, de certa forma, corresponderam. O Grêmio retomou a liderança.

Porém, não é toda essa maravilha que parece. Nos últimos dois jogos, os cinco jogadores do meio-campo tricolor são oriundos das categorias de base. É um meio-campo de muita vitalidade, muito fôlego e qualidade técnica. Entretanto, o ímpeto desses jogadores não é interessante ao time em todos os momentos da partida, é preciso calma, é preciso, muitas vezes, cadenciar o jogo. Todos sabem, no Olímpico quem faz isso é o Tcheco, jogador que tem de voltar à equipe quando em condições.

Por muitas vezes, contra Botafogo e Santos, os três zagueiros entraram em confronto direto com os atacantes e meio-campistas adversários. Celso Roth já falou, isso não pode acontecer. Na vitória que devolveu a liderança para o Grêmio, o Santos poderia muito bem ter empatado o jogo. Fez uma partida de igual para igual, levou vantagem no setor de meio-campo na maioria das vezes.

O Grêmio dos jovens tem ímpeto, chega à frente com rapidez, compõe a defesa com igual rapidez mas, como ninguém é máquina, isso cansa, cansa muito. O Grêmio líder precisa de equilíbrio. O Grêmio com pinta de campeão precisa ter uma postura mais compacta e coesa.

A torcida precisa entender que alguém vai ter de ir pro banco, Precisa compreender que isso dá a Roth mais bala na agulha, mais opções no banco de reservas. E, acima de tudo, a gurizada não pode por a cabeça nas nuvens, precisam saber que ainda estão longe de chegar a qualquer lugar. Celso Roth sabe que o Grêmio ainda está longe do lugar desejado, e esse é o espírito.  

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