sábado, 12 de abril de 2014

Mudanças táticas para o Gre-Nal e para a temporada

Grêmio
Acho improvável que o técnico Enderson Moreira mude sua equipe para o clássico decisivo, mesmo o Grêmio estando em desvantagem no placar agregado. Contudo, há um certo mistério cercando a escalação gremista. Edinho estaria deixando a equipe para o ingresso de mais um meia. Maxi Rodrigues e Jean Deretti disputariam a vaga. No lugar do lesionado Luan, Alan Ruiz já me parece praticamente escalado. Quem corre por fora é Zé Roberto, jogador que possivelmente seja utilizado na segunda etapa, já que está voltando de um tempo considerável sem jogar.

O Grêmio tem alternativas. Porém, não é o momento de mudar. A saída de Luan já impões uma mudança natural. A partir do ingresso de Dudu, o Grêmio passou a jogar num 4-4-2 quase que ortodoxo. A linha de quatro meio campistas começa com Riveros na direita, Ramiro e Edinho centralizados e Dudu na esquerda. Na frente, Barcos e Luan. Com a saída do promissor atacante e o ingresso de Alan Ruiz, Enderson volta ao 4-3-2-1, centralizando mais as ações na cadência do meia argentino.

Lucas Uebel / Grêmio FBPA
Entretanto, não é errado pensar que num futuro próximo o volantão Edinho possa deixar a equipe tricolor. Em algumas semanas o técnico gremistas terá pelo menos quatro boas opções para formar a linha de três meias atrás de Barcos, deixando Riveros e Ramiro mais contidos na marcação, porém com maior qualidade na saída de bola. Na frente, Enderson poderá escolher entre Alan Ruiz, Luan, Zé Roberto e Dudu, com Maxi Rodrigues, Deretti e Everton correndo por fora. Há, sem dúvida, boas ferramentas para um equilibrado 4-2-3-1, com boa capacidade de marcação e agilidade na saída para o ataque. Mas insisto, não é o momento. Os testes que o treinador vem fazendo tenho a nítida impressão que são para uma eventual mudança durante o clássico.

Inter
Da mesma forma, Abel Braga não deve mudar para o clássico Gre-Nal. Especulou a entrada de Igor para jogar ao lado de Willians e aumentar o poder de marcação na equipe colorada. O discurso da comissão técnica e dos jogadores, porém, não deram a entender que haverá mudança. E acerta o técnico Abel Braga. Não é hora de mudar.

Em sua formação habitual, o Inter varia naturalmente do 4-2-3-1 para o 4-1-4-1, dependendo do posicionamento de Aranguiz. Geralmente o colorado tem Willians à frente da zaga, D'Alessandro aberto na direita, Alex e Aranguiz centralizados e agora Alan Patrick na esquerda. Rafael Moura é a referência no ataque. É um time naturalmente ofensivo, não necessariamente faceiro. Basta que todos cumpram suas funções. Futebol é ocupação correta do espaço, e é possível fazer isso com jogadores de qualquer posição, desde que estejam dispostos e bem orientados.

Acredito que o chileno comece o clássico decisivo mais amarrado a Willians, deixando o setor ofensivo se posicionar com três meias e um centroavante. O contexto diz que o Inter pode ser cauteloso, não medroso. E duvido que seja. Não tenho dúvida que o Inter vai jogar como se tivesse 0 a 0, privilegiando a posse da bola e a alta capacidade técnica e visão de jogo de seus jogadores de meio-campo.

Olhando mais pra frente, ainda vejo a necessidade de colocar mais velocidade na equipe colorada. Seja com a saída de Alex e o ingresso de Otávio ou até mesmo a troca de Moura por Wellington Paulista, jogador notadamente mais ágil e veloz. Contudo, para a finalíssima de domingo, o que melhora Abel faz é manter a equipe que, no segundo tempo, na Arena, promoveu uma virada imponente no resultado.

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