terça-feira, 1 de março de 2011

MP do Rio Grande do Sul age corretamente e determina a prisão de motorista crimonoso

O Ministério Público determinou no final da noite de segunda-feira, 28 de fevereiro, a prisão preventiva do bancário Ricardo José Neis que, na noite de sexta-feira atropelou cerca de 20 ciclistas que andavam pelas vias da capital gaúcha. Um dos promotores resposável, Eugênio Paes Amorim, afirmou que Neis "é um réu com histórico de violência e impulsivade, e o Ministério Público não podia esperar mais". Ao contrário do que ainda pensa a Polícia Civil e alguns poucos setores da imprensa, que tratam o ocorrido como acidente ou legítima defesa, a promotoria pública interpreta o caso da maneira que todos vimos: houve uma múltipla tentativa de homicídio doloso.
O assunto repercutiu no Brasil inteiro, abrindo uma discussão pertinente sobre a importância, o papel e o espaço das bicicletas no trânsito brasileiro. Blogues como o do Marcelo Tas e da Renata Falzoni, da ESPN, abominaram o que chamam de "monstorista".
O Massa Crítica ainda está sendo tratado como um movimento de protesto e, por conta disso, deveria ter avisado a EPTC antes de iniciar as ações. Isso é uma inverdade, pois o Massa Crítica é um movimento natural de pessoas que se reúnem para andar de bicicleta e ocupar lugar nas vias tal qual ocupam e engarrafam o trânsito os carros todos santo dia, a qualquer horário. Na "carrocracia" que vivemos, é inadmissível o carro não poder circular a mais de 80 sem ser atrapalhado. Pessoas estressadas e intolerantes como Ricardo José Neis, de 47 anos, acha exatamente isso. Tem seu carro, pagou caro por ele, então precisa andar rápido a qualquer custo. Mesmo, ao que parece, o custo seja vidas humanas.
Felizmente não houve vítimas fatais. Felizmente o Ministério Público, nas figuras de Eugênio Paes Amorim e Lúcia Helena Calegare, está lúcido nessa história toda.

Afinal, há como ir contra uma imagem chocante como está?

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