Se no primeiro EP, em 2003, eles cantaram que “George Bush não usa Karl Marx; Hendrix nao usa Clapton; Congresso não usa honra; E ingleses não usam mullets”, a Superguidis agora afirma no encarte do seu terceiro disco: não usa auto-tune! Um dos motivos que faz com que o rock dos guris de Guaíba continue tão verdadeiro, tão urbano, tão bom.
O terceiro álbum da Superguidis só reafirma a qualidade da banda. Uma espécie de volta por cima depois de um segundo disco que dividiu opiniões. A “zé gracisse” já não está tão presente nas letras de Andrio Maquenzi e Lucas Pocamacha, mas as guitarras continuam se sobressaindo maravilhosamente bem. Melhorou a capacidade de transformar em rock o cotidiano do jovem que pega ônibus, metrô ou bicicleta, tem de arranjar tempo para estudar, namorar, trabalhar e lembrar dos amigos.
O começo macio com a balada Roger Waters seguido da explosão das guitarras em Não fosse o bom humor é um cartão de visita fantástico, não poderia ser melhor. Por fim, como não se entregar a um disco que encerra da seguinte forma, com a música Aos meus amigos: “Aos meus amigos toda a acidez de um abraço embriagado/ E a simplicidade de quem tem um par de tênis furado/ Melhor assim, que eu não estou só, melhor assim.”
É o álbum que baixei quando caiu na iternet. É o cd que comprei quando saiu nas lojas.
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