O jogo que definiu o segundo finalista da Taça Fábio Koff foi muito bom. Em torno do pequeno e confortável estádio do Passo D'Areia o clima de decisão tomava conta dos torcedores. Em plena Porto Alegre, de um domingo ensolarado, nem Internacional, nem Grêmio. As atenções estavam todas voltadas para São José, considerado o terceiro clube da capital, e Pelotas, equipe tradicional do interior gaúcho.
Mas nem por isso os torcedores da dupla Grenal deixaram de participar. Os que geralmente vão ao Passo D'Areia prestigiar o Zequinha são, em sua maioria, gremistas e colorados. Argel, na coletiva depois do jogo, declarou que o clube conhece os verdadeiros torcedores, são alguns 10 ou 15 assíduos. Para o treinador, isso fez diferença no jogo, pois a torcida do Pelotas veio à capital em bom número e, de fato, fez uma festa maravilhosa.
Não só a torcida foi determinante para o Pelotas conseguir, nos pênaltis, a classificação para a final do turno. O Lobão foi mais time. É mais time que o São José. Embora as duas equipes tenham sido escaladas no 3-5-2, Argel mudou ainda no primeiro tempo, tirou seu zagueiro posicionado à esquerda e colocou um lateral direito. Também pudera, pelo lado esquerdo de defesa do Zequinha foi que o Pelotas fez a jogada do gol já no terceiro minuto de partida.
O time de garotos do São José teve a posse de bola e se afobou, chutou pouco e jogou errado. Do outro lado, um time que não demonstrou nervosismo nem quando esteve com dois jogadores a menos, isso aos 20mim do segundo tempo. O Pelotas, dos experientes Maurinho, Gavião, Alex Dias, Tiago Duarte e Sotilli, não sentiu o gol de empate do time da casa logo depois das expulsões. E, mesmo em desvantagem, inflamado por sua torcida, o time de Beto Almeida criou duas situações de gol.
O São José, apesar das boas atuações do atacante Pedro Carmona e do meia Dadá , sofreu com a péssima tarde de seu camisa 10, o Guilherme. O jogador foi muito bem marcado por Gavião do início ao fim do jogo. Nos pênaltis, a gurizada não segurou a onda. O goleiro do Pelotas, Jonas, foi destaque e pegou dois - muito mal batidos por sinal.
O Lobão vive uma fase extraordinária. Nesse Gauchão, ainda não perdeu em Porto Alegre. Enfrenta no próximo Domingo o Internacional pela final da Copa Fábio Koff. Um Inter embalado pelas vitórias, pela boa fase de Walter, autor de dois gols contra o Ypiranga na outra semifinal. O Colorado também vem embalado pela derrota do Grêmio que, no discurso oficial não faz diferença mas, dentro do vestiário, faz muita.
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