domingo, 18 de abril de 2010

Não deu pro Lobo Mau

O Lobão veio à Porto Alegre e nessa reta final do 2° turno comeu a vovozinha e matou o caçador. Só não conseguiu faturar a Chapeuzinho Vermelho. No Beira-Rio lotado o Lobo Mau até surpreendeu, e por 45 minutos esteve com a cesta de doces nas suas mãos, chegou a abrir 2 a 0 de vantagem e acabou o primeiro tempo vencendo por 2 a 1.

O Pelotas fez um grande primeiro tempo, foi frio e competente na hora de defender. Frio nas figuras de Jonas, Bruno Salvador e Jonatas Costa, os três zagueiros que marcaram muito bem Taison e Alcssandro e ainda ajudaram Gavião a anular Giuliano. E competente na figura de Jonatas, o goleiro, protagonista de defesas seguras e importantes. Esse aplicado sistema defensivo amarrou o Inter e deixou um imenso campo à frente para  o Lobão contra-atacar e construir um sólido 2 a 0.

O segundo tempo foi completamente diferente, e começou ainda aos 43 do primeiro tempo, com o gol de Bolívar. A Chapéuzinho Vermelho ficou no vestiário. Para a segunda etapa o Fossati mandou a campo o Saci, com cara de mau e bola no pé - ainda que num pé só. O Inter voltou mordendo, encolheu o Pelotas e não deu ao adversário a possibilidade do contra-ataque. Tanto que o time do Beto Almeida não deu um chute sequer ao gol de Abbondanzieri.

As modificações do Fossati foram determinantes para virada do Internacional. Depois da entrada de D'Alessandro, Walter e Edu, o Inter passou a jogar num 4-3-3, com uma formação interessante. Kléber, ao invés de recuar para a lateral, empurrando assim Bolivar para direita e Sorondo e Eller para o miolo da zaga, ficou no meio-campo fazendo a segunda função. Glydson sim, de ala recuou para lateral, e Fabiano Eller fez o lado esquerdo. Walter ficou aberto na direita, Edu pelo outro lado e Alecssandro centralizado. D'Ale teve a função de comandar os ataques do Internacional, e o fez bem: tanto quando cobrou o escanteio no pé direito de Edu ou quando puxou um contra-ataque que acabou no seu gol, o gol da vitória.

O Inter do segundo tempo é o que o torcedor quer ver contra o Deportivo Quito, na quinta, em jogo decisivo pela Libertadores, e depois nos dois jogos contra o Grêmio, na grande final do Campeonato Gaúcho. O torcedor não se importa que seja esse Inter que queime a sua língua, do burro do Fossati que colocou em campo os perebas Edu e D'Alessandro. O torcedor não se importa, quer mais é queimar a língua e ver seu time ganhar.

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