domingo, 29 de novembro de 2009

Valeu, Capitão!



O jogo do Grêmio com o Barueri, em termos de tabela, não valia absolutamente nada. Mas tinnha um valor significativo ao clube Grêmio, seus torcedores e ao jogador Tcheco. O Tricolor defendeu a invencibilidade de mais de um ano dentro do estádio Olímpico e como em outras oportunidades dentro desse campeonato, goleou o adversário e ostenta o ataque mais positivo da competição.

Além da competitividade do esporte, o compromisso de defender uma invencibilidade, o jogo teve o ingrediente da paixão. O confronto marcou a despedida de Tcheco, o jogador que ocupou o posto de ídolo nos útimos anos no Grêmio. O nome mais forte depois da saída de Danrlei. Todas as homenagens ao paranaense, gaúcho e gremista por opção, são e serão justas.


Tcheco jogou 183 partidas pelo Grêmio, a maioria delas como capitão, fez 43 gols. Em três temporadas e meia, conquistou os Gauchões de 2006 e 2007 e bateu na trave com os vices da Libertadores de 2007 e o Campeonato Brasileiro de 2008. É bem verdade, não conquistou grandes títulos, mas conquistou a torcida, assim como foi conquistado pelo Grêmio, o que ele não esconde. Tcheco sempre assumiu uma posição de liderença, soube se posicionar como principal alvo da torcida, sendo como ídolo ou como culpado de alguns fracassos. O camisa 10 do Tricolor, desde 2006, em momentos de dificuldade, nunca foi de encontro ao torcedor, sempre deu a cara a tapa com a ombridade esperada de um digno Capitão.

O jogo? No primeiro tempo só deu Grêmio. O Tricolor abriu logo 3 de vantagem. O 4-5-1, implantado por Autuori há algumas rodadas, e aperfeiçoado por Rospide nos últimos jogos com a retirada de Túlio e o advento de Maylson, é o principal fator, junto ao bom momento de Douglas Costa, para a melhora de rendimento do Grêmio. A linha de três posicionada atrás de Maxi Lopes, e à frente de Adilson e Rochemback, funciona bem e dá velocidade ao time.

No segundo tempo, depois da festa para os últimos 45 minutos de Tcheco, que começou no banco, o Grêmio jogou com o freio-de-mão-puxado. Optou por administrar desde os primeiros minutos da segunda etapa e acabou sendo vencido por 2 a 1 pelo Barueri. Victor passou a braçadeira para Tcheco, que tava cabisbaixo, não fez boa partida, mas saiu mais uma vez vitorioso do Olímpico.


Grêmio, 4. Barueri, 2. Jogo que não significou nada numa rodada cheia de alternativas. Mas representou muito para gremistas cheios de orgulho.


2 comentários:

  1. O Grêmio podia segurar o Tcheco, né? Ele meio que já tem a cara do tricolor gaúcho.

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  2. Na verdade foi um acordo entre ambas as partes. A direção preferiu evitar o constrangimento de manter um jogador prestigiado dentro do clube na reserva em 2010, o que é tendência com a vinda de reforços e o bom futebol de Douglas e Maylson.

    Confesso q é triste ver o Tcheco deixando o Grêmio. Mas tudo tem seu tempo e seu valor. A saída acaba sendo bom tanto para o Capitão, quanto para o Grêmio, sem desgaste nem desacordos.

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