quinta-feira, 12 de março de 2009

Roth inventou de novo

O Grêmio não entrou em campo num 3-5-2. Alívio para torcida e dirigentes, também não era o 3-6-1. O Roth acertou, escalou sua equipe levando em conta a maneira como joga o Boyacá, 4-5-1. Pois, se o time colombiano joga com um avante e três meias, dois deles wingers, não há necessidades de escalar três zagueiros ao mesmo tempo que é preciso guarnecer as laterais por onde atuam os wingers adversários.

O esquema foi o 4-4-2. Réver foi avançado para a primeira função do meio-campo, junta a ele estava Tcheco. O camisa 10 jogou recuado. Celso optou em liberar Adilson, assim o jovem volante, com muita vitalidade, pôde combater mais à frente, o que dificultou a articulação do Boyacá

Boyacá Chicó mostrou-se uma equipe tipicamente colombiana, muito inocente ao defender-se e, ao subir pro ataque, o fazia com bom toque de bola porém com pouco poder de penetração. Não é um time ruim, mantém o mesmo treinador desde 2003, há uma continuidade de trabalho muito interessante e bem executada. Mas é uma equipe visivelmente inexperiente.

O Grêmio começou a partida esperando os colombianos, marcando bem e já ensaiando alguns dos inúmeros contra-ataques que executaria durante a partida. Depois dos vinte minutos de jogo o Tricolor tomou conta da partida, passava a bola de pé em pé, Tcheco passava Adilson para articular junto à Souza, e num desses lances aconteceu a falta, na entrada da área, que acabou gerando o gol de Souza. Na primeira etapa o Grêmio se impôs, foi melhor.

No segundo tempo a situação de jogo mudou consideravelmente. Tcheco saiu, desgastado fisicamente, dando lugar ao volante Makelele. Na frente,  Alex Mineiro deu lugar ao veloz Herrera. O Grêmio passou a ser um time mais ágil. No Boyacá, o treinador sacou o lateral esquerdo colocando um segundo atacante na sua equipe.

O time colombiano veio pra cima, atacou principalmente pela esquerda. A dupla de zaga tricolor fez excepcional partida, os laterais Ruy e Fábio Santos também fizeram boa partida, mesmo deixando a desejar ofensivamente.

Impressionou a quantidade de gols que desperdiçaram os jogadores do Grêmio. Foram alguns contra-ataques quase mortais. O que Jonas conseguiu não fazer poucas vezes se viu no futebol, foram três gols desperdiçados no mesmo lance.

Apesar da superioridade gremista, o jogo foi perigoso até o apito final, até depois que os colombianos tiveram um de seus jogadores expulsos. O próprio Grêmio tornou o jogo complicado na reta final.

Mais um vez o time de Roth teve volume de jogo e foi melhor na partida. Mais um vez o time de Roth perdeu muitos gols

Mais uma vez Roth escapou da guilhotina, depois de, mais uma vez, escalar um time racional.

A partir desta vitória na Colombia as coisas se acalmam no Olímpico. E, o mais importante, as coisas se encaixam, principalmente a equipe. É só escalar certo, não tem o que inventar.

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